domingo, 2 de junho de 2013


CONHEÇA O TRABALHO DE UM HEADHUNTER


Como o próprio nome já diz, headhunter é um caçador de cabeças. A tradução ao pé da letra talvez não revele o árduo trabalho e a perspicácia de um profissional como este. O que deve ser capturado, na realidade, não são cabeças, e sim talentos. O verdadeiro talento não é fácil de ser encontrado. Não está exposto em vitrines. Esta é a missão de um headhunter: procurar profissionais talentosos que atendam às expectativas das organizações.

De acordo com Silvana Case, vice-presidente executiva do Grupo Catho e com 18 anos de experiência em headhunting, o trabalho se inicia geralmente com uma reunião na empresa que está em busca de um talento. “Durante o encontro, são explorados os aspectos técnicos da posição, as características pessoais do candidato pretendido, a formação acadêmica, além do passado cultural do profissional”, disse. Silvana também alerta para a importância do headhunter conhecer a cultura da empresa, para buscar um perfil que esteja de acordo com as expectativas da organização contratante, bem como do futuro superior.

Para Achim H. Fuerstenthal, primeiro headhunter do Brasil, a busca pelo talento deve ser cuidadosa. “O executivo é um profissional responsável pela lucratividade da empresa. Um gerente de vendas, por exemplo, pode ser um executivo ou não, dependendo do seu papel específico dentro da organização. Uma coisa é gerar vendas, outra é gerar lucro. Uma coisa é divulgar a marca de um produto, outra é estabelecer a imagem empresarial”.

Silvana afirma que as empresas contratam o trabalho de um headhunter, na maioria das vezes, quando querem profissionais para ocupar posições estrategicamente mais destacadas e cargos hierarquicamente mais elevados. Algumas vezes, este trabalho também é contratado para encontrar talentos para posições muito específicas. Por isso, o hábito de cultivar relacionamentos, o chamado networking, é imprescindível na vida do headhunter. Fuerstenthal acredita que é fundamental ter relacionamentos cada vez mais crescentes a fim de facilitar as contratações.

Para a pessoa que está em busca de emprego, o networking também é muito importante. Para Silvana, ter contato com headhunters é sempre favorável. “Sugiro o envio de currículo ou o cadastramento em sites de headhunters. Ter essa iniciativa é interessante para estabelecer o primeiro contato”, afirma. E completa: “O profissional que realiza um trabalho de destaque certamente será descoberto por um headhunter. Atuar em uma empresa de renome no seu setor também facilita”.

Após ser contatado pelo headhunter, o profissional, segundo Fuerstenthal, deve se portar de maneira convencional. "Nada de liberdades, fumar sem pedir licença, usar o telefone, falar demais, rir à toa, fazer perguntas indiscretas ou contar piadas. Em contrapartida, um comportamento muito rígido, inibido ou tímido, é ruim. O melhor conselho é: seja sincero e natural". Para Silvana, o profissional deve se portar da mesma forma que se portaria em qualquer oportunidade de trabalho que surgisse. “O candidato deve ser sincero, ter um bom marketing profissional e pessoal, e, acima de tudo, ser elegante e humilde”. Ela revela as principais competências avaliadas pelo headhunter em um candidato: “Habilidades de trabalhar em times para obtenção de resultados, humildade, estilo de liderança exercida (e não somente cargos de líder obtidos), resultados conquistados e quais as estratégias utilizadas para obtenção destes resultados, capacidade para lidar com frustrações, além das específicas para cada uma das posições que devem ser preenchidas”.

Para Fuerstenthal, a procura de um serviço de headhunter é prática para um profissional que não tem tempo de fazer muitas visitas a empresas ou que não quer se expor enviando cartas e currículos. Silvana acredita que o profissional não deve se limitar ao trabalho dos headhunters para arrumar um emprego. Para ela, todas as alternativas são válidas quando se está em busca de novas oportunidades profissionais. “A soma de todas as opções certamente trará excelentes resultados”.

* Artigo da Catho
* Renata Dias Garcia 

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